Kim Schmitz estava detido desde 20 de janeiro
O fundador do site de compartilhamento de arquivos Megaupload.com foi solto sob fiança nesta quarta-feira (22) após um mês sob custódia, em meio aos preparativos para uma audiência de extradição nos Estados Unidos envolvendo acusações de pirataria na internet e lavagem de dinheiro. O juiz Nevin Dawson concedeu a fiança sob condições rigorosas, alegando que nenhuma nova evidência de recursos secretos foi encontrada.
O alemão Kim Schmitz , que tem residência na Nova Zelândia e também é conhecido como Kit Dotcom e Kim Tim Jim Vestor, foi preso em 20 de janeiro a pedido de autoridades norte-americanas, junto de outras três pessoas.
As detenções de Mathias Ortmann, Dotcom, do responsável técnico do Megaupload, Finn Batato, e do chefe de programação do site, Bram van der Kolk, aconteceram no marco de uma vasta operação internacional que incluiu o fechamento do portal e outras prisões na Europa.
Segundo a acusação, Dotcom comandava um grupo que lucrou R$ 300 milhões (US$ 175 milhões) desde 2005 ao copiar e distribuir, sem autorização, músicas, filmes e outros conteúdos protegidos por direitos autorais. As autoridades americanas consideram que o Megaupload provocou perdas de mais de R$ 859 milhões (US$ 500 milhões) à indústria do cinema e da música ao transgredir os direitos de propriedade intelectual de companhias.
Os EUA pretendem julgar sete executivos do Megaupload - entre eles os quatro detidos na Nova Zelândia - por pirataria virtual, crime organizado e lavagem de dinheiro.
Os advogados de Dotcom dizem que a empresa apenas oferecia armazenamento online e que ele nega veementemente as acusações.
No início deste mês, uma corte da Nova Zelândia negou recurso para Dotcom ser libertado sob pagamento de fiança, concordando com a promotoria sobre o risco de que ele pudesse tentar fugir antes da audiência para extradição.